Ah, Gyruss do Colecovision! Esse jogo é uma verdadeira peça de museu dos games, um artefato que nos faz perguntar: 'Mas o que eles estavam pensando?'. Imaginem pegar Galaga, aquele clássico atirador espacial que todos nós conhecemos e amamos, e então dizer: 'Sabe de uma coisa? Vamos dar uma incrementada nisso. Vamos adicionar uma dimensão extra e fazer tudo girar como se o magrão estivesse em uma lavadora de roupas durante o modo de centrífuga... Sim, é Gyruss que estamos falando! Tá serto com ésse?
O objetivo de trazer um pseudo-3D para o jogo foi tão ambicioso quanto tentar ensinar física quântica para o Diego: Ele vai fazer uma cara de pensativo, olhar para o canto superior direito por alguns segundos e pensar em alguma pergunta inteligente que viu no History channel.
A jogabilidade que deveria ser intensa e envolvente, mais parece uma viagem toda torta por um túnel do tempo que alguém esqueceu de terminar de construir.
Sem contar o controle. Se bem que aqui temos que tirar o chapéu para a Konami. Pra rodar na tela, tu tem que usar as teclas de cursor. Eu nem sei bem explicar aqui como funciona, mas não é que é intuitivo? Eu queria sacanear, mas não vai rolar. Kudos para a Konami.
E não podemos esquecer da contribuição lendária do Muffie, um ícone da comunidade MSX representado pelo ícone da berinjela. O rumor é que, enquanto testava seu emulador de SN75489 para MSX, Muffie teve a brilhante ideia: 'Por que não converter Gyruss do Coléquinho para o nosso amado e doce MSX?'. Ah, Muffie, sempre pronto para aceitar um desafio, mesmo que ninguém tenha pedido por ele. Movido pela vontade insalubre de umilhassão sem agá e com dois ésses do homem encaixe... Graças a essa incursão audaciosa, agora temos a versão do Colecovision de Gyruss para o nosso doce MSX, um testamento ao que acontece quando a paixão por tecnologia encontra a loucura dos games.
Agora, sério, jogar Gyruss no Colecovision é como participar de uma experiência arqueológica, cavando através das camadas da história dos videogames para encontrar algo que, bem, provavelmente deveria ter ficado enterrado. Mas, no final das contas, temos que agradecer a Muffie e sua curiosa experimentação. Sem esses momentos de 'E se...?', onde estaria a diversão nos games retrô?
Então, da próxima vez que você se deparar com Gyruss de Colecovision convertido com NOISE para MSX, lembre-se: você não está apenas jogando um jogo. Você está participando de um pedaço peculiar da história dos videogames, uma experiência que te faz questionar os limites da realidade, da sanidade e da tolerância ao movimento circular. Bravo, Muffie. Bravo.
Tudo isto sem GASTAR OUTROS CHIPS que nem o GDX. Porra Eric BoeZZ, como tu foi fazer aquele cartucho com um chip extra. SACRILÉGIO!
O teu único cartucho bom é esse aqui:
